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Vendas de Natal devem cair 5%, diz FCDLESP

Principal objetivo dos lojistas do estado é manter o nível de vendas realizado em 2014, ainda assim, ticket médio de compras fica entre R$150,00 e R$200,00.

O clima de insegurança político-econômico do Brasil no último semestre, somado ao aumento da inflação e do desemprego, resultará em um final de ano com consumo cauteloso dos clientes e necessidade de reinvenção e estratégia para o varejo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Federação de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, a FCDLESP, com lojistas do estado a respeito do último trimestre de 2015. De acordo com o levantamento, a média de vendas para a data pode cair entre 5% e 10%.

Segundo os lojistas, o impacto da alta do dólar nos produtos, a falta de crédito e o clima instável no mercado de trabalho são fatores que desestimulam o consumidor a ir às compras. Os setores mais propensos às vendas são vestuário, calçados e acessórios, seguidos por alimentícios e eletrônicos, embora estes últimos, diretamente ligados ao dólar, possam sofrer com procuras por produtos de menor valor.

Na capital paulistana, a recessão é sentida especialmente nos bairros de comércio tradicional. O bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo, espera manter o mesmo nível de vendas de 2014 e aposta em novas tecnologias para alcançar mais clientes, fazer novas vendas e divulgar as marcas através do aplicativo Whatsapp. O ticket médio da região pode ser de R$ 200,00, de acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas da região.


ABC

São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, apesar de lidar com a cautela existente na postura do consumidor, percebe a movimentação das empresas em busca de novas oportunidades que surjam da crise. “Verificamos vários segmentos prosperando com grande volume de vendas, o que indica que a economia está em desenvolvimento, apesar da lentidão”, comenta o presidente da CDL SBC e Distritos, Marcelo Alexandre. Alexandre também afirma que, apesar da diminuição de vagas temporárias, um colaborador aplicado pode encontrar seu lugar ainda este ano. “Apostamos nesta época que o funcionário temporário que se esforce e se destaque dos demais tem grande chance de ser efetivado posteriormente”, completa.

Também na região, na cidade de Diadema, o principal foco do consumidor é aproveitar as condições facilitadas de pagamento para liquidar débitos. “O que os consumidores têm nos passado é que a crise tem sido uma oportunidade para saldarem dívidas e limpar o nome nos órgãos, uma vez não havendo a circulação da moeda os credores estão oferecendo boas e atrativas condições de pagamento”, explica o presidente da CDL Diadema,José Manuel Vieira de Mendonça. A cidade, polo da indústria de cosméticos, aposta nos produtos de beleza como carro-chefe dos presentes das festas.


Litoral Paulista

Na região litorânea do estado, a preocupação das famílias com o aumento dos gastos básicos, como luz, água e gasolina, tem gerado incerteza e influenciado negativamente nas vendas. Ainda assim, os varejistas se fazem valer de diferentes táticas para estimular a procura dos consumidores. No Guarujá, cidade com cerca de 330 mil habitantes, foram criadas campanhas de sorteio de veículos e vale-compras. Já em Santos, principal cidade do litoral sul paulista, a ideia é proporcionar mais bem-estar e segurança nos momentos de compra. Para isso, o setor tem trabalhado junto ao poder público para monitorar calçadas, coleta de lixo, iluminação e outros.


Interior do Estado

No interior do estado, a expectativa é de manter o otimismo diante do quadro não favorável e assim buscar soluções que correspondam às verdadeiras necessidades do setor, já que a previsão de retomada do crescimento é para o segundo semestre de 2016. Na região de Jaú, as associações comerciais oferecem treinamento para ajudar comerciantes e clientes. “A CDL em parceria com o Sincomercio e outras entidades tem discutido diretamente com o poder executivo medidas para melhorar a situação econômica, assim como proporcionar palestras e cursos para empresários, comerciários e desempregados”, afirma o presidente da CDL Jaú, Alexandre Ivan dos Santos.

Em Araçatuba, a previsão de queda é de 4%, com os setores de brinquedos e vestuário realizando as maiores vendas. Ainda assim, a área de contratações temporárias estará disponível na região. “As grandes lojas do varejo e as lojas de rede certamente aumentarão o seu quadro de funcionários com temporários, devido a demanda do Natal, por ser a melhor data para o comércio, entretanto o número este ano deve ser bem menor se comparado ao mesmo período do ano passado”, finaliza o presidente da CDL Araçatuba, Gener Silva.

 


 

IPEM/PROCON

Foi publicado no DO o art.2º-A da Lei 10962/2004 para dispor sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor.

Os comerciantes serão obrigados a informar na etiqueta do produto, além do preço à vista, o preço correspondente a uma das seguintes unidades de medida: capacidade, massa, volume, comprimento ou área, na venda a varejo de produtos fracionados em pequenas quantidades. A ausência desses dados leva o comerciante à autuação pelo IPEM/SP e Procon.


 

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